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29 de Setembro de 2025

Em entrevista ao EXPRESSO, Matilde Mendes apresenta a sua visão sobre paradigma dos escritórios

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Em entrevista ao EXPRESSO, Matilde Mendes, Diretora de Desenvolvimento da MAP Real Estate, apresenta a sua visão sobre a transformação do paradigma dos escritórios, que se tem revolucionado nos últimos anos.

Segundo Matilde Mendes, “mais do que um local de presença obrigatória, o espaço de trabalho físico agora é pensado para a colaboração, como um ponto de encontro, cultura e alinhamento estratégico”.

Embora o modelo híbrido tenha sido amplamente adotado, a expectativa de uma redução generalizada da área ocupada não se confirmou de forma linear.

Na opinião dos profissionais que atuam neste mercado, são vários os exemplos de edifícios novos ou reabilitados – sobretudo nos últimos dois a três anos – cujo bem-estar dos colaboradores foi a grande preocupação, sendo evidente que, cinco anos depois do início da pandemia, pouco resta do modelo tradicional de escritórios, centrado na ocupação fixa e presencial.

Os objetivos desta transformação são claros: criar as condições para que os colaboradores que ainda se encontravam em trabalho remoto regressem ao local de trabalho, pelo menos em alguns dias da semana, mas também para reter o talento e reforçar a cultura organização das empresas.

Entre as práticas mais adotadas nesta revolução está o “hot desking”, conceito de otimização do espaço de trabalho que implica a rotatividade dos postos de trabalho, especialmente utilizado em equipas que não estão presentes no escritório diariamente.

Além disso, as certificações internacionais LEED, BREEAM, WELL e WiredScore são também cada vez mais formas de atestar o compromisso dos edifícios com critérios de sustentabilidade ambiental, eficiência energética, bem-estar dos utilizadores e integração urbana, todos alinhados com os princípios ESG (Environmental, Social and Governance).

Segundo dados da consultora JLL, em 2024, o mercado de escritórios em Lisboa e Porto registou um bom desempenho com a absorção de espaços a atingir níveis recorde. Em Lisboa, a ocupação superou os 207.000m2, enquanto no Porto a absorção atingiu 76.600m2. Ou seja, um aumento de 53% no Porto e 97% em Lisboa face ao ano anterior.

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